A cortina deixou uma fresta e
ele olhou para fora. Daquela altura, a vista era bem ampla. Abaixo, uma multidão
em frente ao prédio. Um garoto apontou o dedo: tinha sido reconhecido. Outros
também ergueram a cabeça. Logo todos. Gritavam seu nome, agitavam cartazes. E
ele sorriu: era célebre, finalmente.
O policial percebeu o descuido
e o puxou pelo pescoço. E enquanto retornava para o interior da sala de espera,
ele ignorou que, após seu nome, a população adicionava um adjetivo - culpado.
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